Promotoria sabia do abuso de Michael Jackson com drogas desde 2003


A vida de Michael Jackson sempre foi cercada de polêmicas. Mudanças de cor, cirurgias plásticas, acusações de pedofilia. Contudo, um dos polêmicos hábitos do popstar só veio à tona após sua morte, o abuso de remédios.



A polícia já tinha pistas do uso indiscriminado, pois em buscas no rancho Neverland, em 2003 e 2004, investigadores encontraram "inúmeros frascos de drogas prescritas com pelo menos quatro nomes diferentes", diziam documentos apresentados no tribunal.

Então, por que os promotores nunca processaram Michael?

Oportunidade perdida
Laurie Leven, um promotor federal que seguiu o julgamento de Michael Jackson por abuso infantil em 2004, disse, à revista "People", que o promotor do caso, Thomas Sneddon, só se preocupava com as drogas se elas pudessem influenciar na condenação de Michael. "Não era uma investigação sobre drogas", diisse Laurie Leven.

Hoje, após a morte do astro, a questão do abuso de remédios tem tomado conta das investigações. Eles interrogam os médicos e tentam descobrir se a dose de anestésico que Michael suspostamente tomou antes de ter a parada cardíaca foi fatal.
Para Laurie Leven, se os promotores tivessem acusado Michael Jackson por abuso de drogas há cinco anos, eles teriam menos trabalho hoje. Contudo, isso poderia tirar o foco das acusações de abuso de menores. "Infelizmente, se eles tivessem seguido com o caso, Jackson podia não estar nesta situação", disse Leven.

Durante o julgamento, em 2004, se pôde ver como Michael Jackson estava frágil. "Em certos dias, Jackson não parecia estar totalmente lá. Algumas vezes, sentia que ele estava distante", disse Anne Bremne, analista jurídica de TV, que acompanhou o caso por seis meses.



Fisicamente deteriorado
Quem convivia com Michael durante a epóca do julgamento também pôde ver o péssimo estado que o popstar se encontrava, como conta o advogado de defesa Thomas Mesereau. "Mentalmente, ele estava sempre lúcido e cooperativo, enquanto se deteriorava fisicamente durante o julgamento" (ele teve problemas de alimentação e sono na época), disse o advogado. "Pensei que o motivo era o terrível julgamento e as acusações que ele estava encarando e foi inocentado."

Apesar de tudo isso, Mesereau nunca viu Michael tomar nenhum medicamento e disse que aquele não era uma questão na época. "Álcool era uma questão mas drogas prescritas não eram. Estava focado apenas naquilo que o acusavam."

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